Planejaram o assassinato do presidente da República
Diante de mais uma notícia do extremismo nas Forças Armadas, como falar sobre a importância dos militares estarem longe da política.
Acordamos hoje com a seguinte notícia:
Estamos falando de militares planejando um atentado à vida do presidente eleito da República, de seu vice e de um ministro do Supremo Tribunal Federal (Alexandre de Moraes) na casa de um deles, que por sinal era candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro. O plano era matar por envenenamento.
Chama atenção o baixíssimo grau de comoção pública em torno da notícia. Estamos todos extenuados? Ninguém mais se surpreende com militares golpistas? Não há apelo para algo que aconteceu dois anos atrás?
Provavelmente a resposta é sim para todas. Mas não deixa de ser aterrador que uma notícia como essa, ainda mais dias depois de um homem-bomba ter se explodido na Praça dos Três Poderes, não seja suficiente para que projetos que inibam a participação de militares na política ganhem tração no Congresso.
O extremismo não é, ao contrário do que se costuma dizer, composto de gestos isolados conduzidos por lobos solitários. Ele é um fenômeno social encampado de forma muito organizada por forças políticas reais, com institucionalidades e presença concreta em nosso dia a dia.
Garantir a devida separação das forças armadas da vida política é um passo crucial para a saúde da democracia no Brasil. Claro que nem todos os militares são extremistas, você pode dizer. Mas quando um grupo de extremistas é militar e está envolvido com a política, a História nos diz que isso pode não acabar bem.
No entanto, por uma série de motivos históricos, essa pauta ainda é uma bola dividida na opinião pública. De acordo com o DataFolha, 47% dos brasileiros acreditam que militares podem ocupar cargos no governo, enquanto 48% são contra.
O curioso é que, mesmo dentro da esquerda, há uma parcela considerável que não se opõe à participação de militares no governo: 38% dos que se declaram petistas são favoráveis ou indiferentes a essa ideia. Por isso, em novembro de 2023, realizamos grupos focais com públicos progressistas para entender os melhores argumentos para eles passarem a defender militares fora da política, o que rendeu o episódio Como Falar Sobre: Militares na Política.
A gente acredita que para esse assunto ganhar força no Congresso ele precisa de mais apoio popular. Então, devidos aos acontecimentos recentes, achamos que valia a pena resgatar este guia para te ajudar a abordar esse tema de forma clara e eficaz. Resumimos aqui os principais pontos para te ajudar nessa missão.
Reconheça o Valor das Forças Armadas
🇧🇷 As Forças Armadas têm sua importância!
Eles defendem o território, ajudam em desastres, garantem a soberania. Mas para cumprir essas funções, precisam de dedicação exclusiva. Política não combina com esse papel.
Neutralidade em Risco
❗️ Militares na política comprometem a neutralidade das Forças Armadas.
Em um país polarizado, é crucial que as FA se mantenham apartidárias e preservem sua credibilidade junto à população.
Benefícios e Privilégios
💰 A política pode virar defesa de privilégios corporativos.
Enquanto outras categorias sofrem cortes, militares garantem pensões especiais e regimes diferenciados. Essa proteção desigual é sustentada no jogo político.
Disciplina Não é Garantia de Ética
🤔 “Militar é disciplinado, logo é honesto.” Será?
Casos recentes de corrupção e extremismo mostram que ética na política não está garantida por uma farda ou hierarquia.
Gestão Pública é Outra História
📋 Ser bom no quartel não significa ser bom na gestão pública.
Administrar políticas exige habilidades diferentes. Exemplos de má gestão, como na crise da pandemia, reforçam os riscos.
Poder + Força = Perigo
🛡️ Militares têm acesso ao uso legítimo da força.
Isso os diferencia de outras categorias e amplifica os riscos de abuso quando entram no campo político.
Em síntese
🌐 Militares cumprem um papel vital, mas ele não é político.
As Forças Armadas foram criadas para a guerra, e sua presença na política perturba o equilíbrio delicado das instituições democráticas. Manter as Forças Armadas apartidárias fortalece a democracia e protege o país de crises institucionais.
Confira o guia completo em nosso site:
E você, assinante, está convencido(a) de que militar e política não combina? Já teve essa conversa com alguém?
Um abraço,
Equipe do Projeto Brief.
Em tempos de crise e com um governo liberal que pensa que crise resolve matando o pobre e doando o Estado para o rico, que tal fazermos una economia boa e ao mesmo tempo nos livrarmos de um câncer que só corrói a nossa democracia e faz nosso povo sofrer? Vamos acabar com o exército!!!!! Para que termos um monte de homens mal treinados e mal remunerados sen do capachos de outros homens covardes ,
safados, velhos, brancos, burros e fascistas. Estes são os oficiais que passam a vida oprimindo as baixas patentes ou passam a vida roubando do Estado ou conspirando contra seu povo
É verdade, a Constituição já define o papel das Forças Armadas, a qual proíbe a filiação partidária de militares na ativa. Presume-se, assim, que a política não deve ser exercida por militares por todas as razões expostas no brief. Entretanto, hoje no Brasil todas as instituições estam extrapolando suas funcões institucionais.