EXCLUSIVO | Os crimes revelados no Dossiê das Big Techs
O Projeto Brief se uniu à Avaaz e ao Sleeping Giants em um estudo inédito que apresenta provas sobre da atuação ilegal de empresas como Meta, X e TikTok.
Olá, assinante!
O começo do ano foi marcado por uma aliança profunda entre Donald Trump e os "techbros" do Vale do Silício – bilionários líderes das Big Techs, categoria que reúne algumas das empresas mais poderosas do mundo, comandando plataformas digitais, softwares e sistemas operacionais e inteligências artificiais. Ao captar nossos dados, organizados através de algoritmos e vendidos como informações valiosas de publicidade para empresas e indivíduos mal intencionados de todo mundo, as Big Techs movimentam trilhões transformando nossa experiência on-line em um negócio bastante lucrativo.
A histórica foto que reúne Mark Zuckerberg (Meta), Jeff Bezos (Amazon), Tim Cook (Apple), Sundar Pichai (Google) e, claro, Elon Musk (Tesla/X), oficialmente empossado como um dos líderes do governo Trump, seguida pelas mensagens de agradecimento do chinês TikTok ao novo presidente dos Estados Unidos, deixaram muito claro que está começando uma nova era das Big Techs. Uma Era em que o cuidado com a privacidade e a segurança perde cada vez mais espaço à falta de moderação, à desinformação e ao privilégio de conteúdos conservadores, antidemocráticos e autoritários.
Ainda não sabemos de fato como vão acontecer as mudanças nas regras da Meta, que vai deixar de punir conteúdo desinformativo, enganoso ou conspiratório para privilegiar uma "liberdade de expressão irrestrita", mesmo que ela ameace diretamente usuários da rede. Mas isso não significa que especialistas não têm razão em temer o que vem pela frente. Isso porque os próximos passos das Big Techs não devem ser analisados apenas a partir do que elas prometem fazer, mas também em contexto com o histórico dessas empresas com as próprias normas e compromissos que elas assumiram ao longo dos anos.
E um spoiler: fora dos stories e do discurso oficial, a coisa já não ia nada bem.
Por isso, o Projeto Brief à Avaaz e ao Sleeping Giants, para criar o "Dossiê das Big Techs". Um pente fino em notícias, documentos, denúncias e evidências de casos em que essas empresas afrouxaram, fizeram vista grossa, ignoraram e até passaram deliberadamente por cima de suas próprias diretrizes e normas de conteúdo para conquistar likes e lucro.
#RadarBrief | Para expandir nosso olhar sobre as Big Techs
Claro, nossa primeira recomendação é a leitura atenta - e o compartilhamento - do Dossiê das Big Techs. E, se ainda não segue, aproveita para seguir a gente no Instagram e no LinkedIn, onde vamos compartilhar conteúdos importantes para aumentar o interesse e o engajamento sobre essa pauta.
Sim, vamos usar as redes sociais para mostrar os problemas das empresas por trás das redes sociais. Nossa crítica não é à existência destes serviços e plataformas, que usamos e através das quais nos conectamos. Mas sim às decisões e diretrizes que transformam nossa segurança e a manipulação irresponsável de nossos dados em uma estratégia de negócios que tenta ser mais poderosa do que muitos países do mundo.
Toda vez que alguém duvidar do mal causado pelas big techs, mostre esse dossiê - The Intercept Brasil | Nosso Dossiê foi divulgado com exclusividade no portal Intercept Brasil, com uma entrevista exclusiva com os realizadores do estudo. Entenda um pouco mais do panorama total dessa problemática, e conheça os bastidores por trás do Dossiê das Big Techs.
Musk, Zuckerberg e Bezos: bilionários ‘caem nas graças de Trump’ para manter oligarquia de suas empresas, diz Danny Caine - Brasil de Fato | Em entrevista ao jornal brasileiro Brasil de Fato, o autor do livro Como resistir à Amazon e porque mostra os riscos iminentes por trás do alinhamento dos "techbros" ao governo Trump.
Rede social criada por cearense alcança 130 mil usuários e já vale R$ 6 milhões - Diário do Nordeste | Em um tempo onde parece que Facebook e Instagram, X/Twitter, TikTok e WhatsApp são as únicas redes sociais “possíveis”, este empresário cearense tem buscado mostrar como é possível criar outras experiências de redes sociais, com mais segurança, mais otimizada para o público brasileiro e com mais compromisso com a informação. Vale a dica - e a leitura!
Para expandir a conversa…
Mesmo quando confrontaram diretamente as regras das próprias plataformas (e, muitas vezes, princípios de Direitos Humanos e até mesmo leis internacionais), as maiores redes sociais e plataformas digitais do mundo aceitaram exibir, e em muitos casos até priorizaram, conteúdos problemáticos e potencialmente danosos.
Na enxurrada de "casos isolados" reunidos neste Dossiê, podemos ver as consequências dessas ações: usuários foram enganados; democracias foram enfraquecidas; crianças foram expostas a todo tipo de manipulação e violência; cidades foram prejudicadas e pessoas perderam suas vidas – sem que ninguém tomasse a responsabilidade por isso.
Mais do que saber o que as Big Techs fizeram (ou não fizeram) para evitar conteúdo danoso em suas plataformas, este Dossiê é fundamental para entender os riscos que estão envolvidos quando algumas das principais empresas do mundo, que lidam, diariamente, com bilhões de usuários em todo o Globo, decidem simplesmente ignorar as consequências das interações que acontecem em sua plataforma, e privilegiar conteúdos que causam danos reais e bastante grandes fora das telas. Além da importância e relevância de criarmos, apoiarmos e aprovarmos mecanismos de pressão, regulação e monitoramento das ações das redes sociais em nosso país, como o PL 2630/2020, que institui a Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet.
Por isso, este dossiê gerou uma carta aberta para, juntos, pressionarmos o poder público a aderir, apoiar e endurecer o diálogo com essas empresas, pela nossa segurança, soberania e democracia. Leia, apoie e assine conosco.
Para as Big Techs, essa é uma escolha de negócios estratégica, que enxuga custos, retira amarras e gera muito lucro sem nenhuma contrapartida.
Para nós, usuários diretos ou indiretos dos produtos dessas empresas, é um risco grave, que pode influenciar e até transformar, negativamente, nossas vidas.
Boa leitura, e compartilhe sem moderação.
Um abraço,
Equipe do Projeto Brief